A psiquiatria é a especialidade médica que busca compreender e tratar as doenças mentais. No entanto, diferente da neurologia que se especializa no cérebro, a psiquiatria busca compreender a consciência, assim como seus desvios.
“A prática da profissão psiquiátrica se ocupa sempre do indivíduo humano todo. É um indivíduo humano todo que o psiquiatra tem sob sua assistência, seus cuidados e tratamento ou que ele recebe para consultas. Como é ainda de um indivíduo humano todo o laudo pericial que ele dá ao tribunal ou a outras autoridades ou para a história. Aqui todo o trabalho se relaciona com um caso particular. Não obstante, para satisfazer as exigências decorrentes dos casos particulares, o psiquiatra lança mão, como psicopatologista, de conceitos e princípios gerais. Na profissão é uma pessoa viva que compreende e atua. Para ele a ciência é apenas um dos meios de auxílio.” (Karl Jaspers, 1913)
Historicamente tido como o “Médico da Alma”, o psiquiatra deve ser um bom clínico. Desse modo, precisa ter noções de neurologia, psicologia e filosofia. Já que são instrumentos necessários para poder vislumbrar a totalidade do problema apresentado por seu paciente. Não apenas depressão maior com fatores ambientais relevantes para o agravamento dos sintomas, mas também a ruptura da realidade em um surto psicótico. Assim, o psiquiatra tem no seu arsenal o vínculo e entendimento de seu paciente como principais armas.